Empresários da indústria têxtil e de confecções no Brasil encontraram na demanda da saúde um novo nicho para atuação. Com a pandemia do novo coronavírus, o setor tem passado por uma crise, como aponta uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção, a ABIT, no final do mês de março.
Segundo dados da enquete, dentre as empresas afetadas, 88% apontaram o cancelamento ou adiamento dos pedidos por parte dos clientes, devido ao receio de queda nas vendas. Em 66% das fábricas, há problemas para o escoamento da produção e entrega dos produtos, e 41% indicam dificuldades para conseguir insumos.
Segundo o presidente da ABIT, Fernando Pimentel, algumas confecções estão investindo agora na maior demanda, que é a de insumos hospitalares e máscaras.
Para tentar amenizar a crise e proteger funcionários, grande parte das empresas de confecção decretou férias coletivas. No entanto, 22% dos empresários iniciaram demissões.
Para Pimentel, o futuro dessas indústrias ainda é incerto porque depende de quando se dará a reabertura das lojas e ainda, de como estará o comportamento do consumidor, que pode estar ávido para retomar compras ou cauteloso diante de um novo cenário econômico.