IBGE reduz estimativa da safra de 2020 com a queda da soja; mesmo assim resultado será 1,5% maior
A safra nacional de grãos deste ano será de 24,5 milhões de toneladas, 1,5% maior que a de 2019, quando foram colhidos 241,5 milhões de toneladas, o maior volume então registrado. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram que a estimativa para o mês segue recorde.
A previsão para o ano, no entanto, caiu 1,6% em relação à divulgada em fevereiro, uma redução de 3,9 milhões de toneladas, por causa da previsão de uma safra menor para a soja, maior lavoura de grãos do país. De acordo com o IBGE, a produção de soja deve crescer 6,4%, inferior à estimativa de 10,4% feita em fevereiro, devido à estiagem prolongada no Rio Grande do Sul, o maior produtor nacional de soja.
Para o arroz e o milho, a estimativa está mais otimista. A safra de arroz deve crescer 3,6% neste ano, acima do 1% previsto em fevereiro. O milho deve ter uma queda de 3,5% para o milho, abaixo do recuo de 4% previsto em fevereiro.
Segundo o instituto, as principais lavouras de milho também vêm sofrendo com a falta de chuvas, mas a expectativa para a segunda safra ficou mais otimista em março do que era em fevereiro. Se espera alcançar uma produção da ordem de 70,7 milhões de toneladas.
Esses três grãos representam 93,1% da estimativa da produção e respondem por 87,3% da área a ser colhida.
Entre os outros grãos com produção importante, deverão ter altas, em relação a 2019, o feijão e o sorgo. O algodão herbáceo em caroço e o trigo devem ter queda.