O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas, registrou em abril deste ano o maior recuo mensal e atingiu o menor nível desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2001. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (29), pela FGV, a queda foi de 39,3 pontos em abril, e o indicador ficou com 58,2 pontos.
A economista da Fundação, Renata de Mello Franco, lembra que todos os 19 segmentos pesquisados tiveram redução e que o resultado foi provocado pela pandemia do novo coronavírus. Ela explicou que a confiança dos empresários no momento presente, medida pelo Índice de Situação Atual, desabou, e o crescimento sem precedentes do pessimismo em relação ao futuro fez com que o Índice de Expectativas, superasse em mais de 21 pontos seu mínimo anterior.
Com exceção do nível dos estoques e da demanda externa, todos os indicadores atingiram o mínimo histórico, inclusive o Nível de Utilização da Capacidade Instalada. A economista avalia que para os próximos meses, o cenário ainda pode gerar novas surpresas negativas caso o nível de incerteza se mantenha elevado.
O isolamento social e as medidas restritivas para o funcionamento do comércio, para conter o avanço da Covid-19, também causaram impactos negativos, neste mês, nos índices de confiança de Serviços, da Construção, do Comércio e do Consumidor, todos apurados pela Fundação Getulio Vargas.