Pessimismo em relação ao mercado de trabalho diminui em junho, aponta FGV
Os indicadores que avaliam o comportamento do mercado de trabalho no país, medidos pela Fundação Getulio Vargas, mostraram em junho uma diminuição do pessimismo. Mas, segundo os dados divulgados pela FGV nesta terça-feira (7), os resultados ainda devem ser vistos com cautela diante da incerteza quanto ao controle da pandemia da Covid-19 e da recuperação econômica.
O Indicador Antecedente de Emprego, que está relacionado ao nível de emprego no país, subiu em junho e recuperou no bimestre maio-junho 33% das perdas acumuladas em março e abril. Já, o Indicador Coincidente de Desemprego, que reflete a tendência negativa do mercado de trabalho e quanto mais alto, maior é a taxa de desemprego, caiu no mês passado, mas ainda se mantém em patamar elevado.
O economista da FGV, Rocolpho Tobler, reitera que o momento é de cautela na análise dos resultados desses indicadores diante das incertezas no país, o que pode limitar a continuidade do movimento de recuperação dos empregos.
Em junho, todos os sete componentes do Indicador Antecedente de Emprego subiram, após chegarem ao fundo do poço em abril e se acomodarem em maio. No mesmo período, a queda do Indicador Coincidente de Desemprego foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para o resultado veio da classe das famílias com renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil.
