Comissão do Congresso ouve empresários sobre reforma tributária
Empresários criticam alíquota única para bens e serviços e pedem desoneração da folha de pagamento.
A comissão mista da reforma tributária no Congresso Nacional ouviu, nesta quarta-feira (2), os representantes dos empresários dos setores da indústria, dos serviços, dos transportes e da saúde.
Esses setores econômicos criticaram a alíquota única de 12% para bens e serviços, conforme está em uma das propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso. Para o presidente da Confederação Nacional dos Transportes, Vander Costa, essa alíquota única gera distorções.
Já o representante da Confederação Nacional da Saúde, Breno Monteiro, informou que a alíquota única vai aumentar em 15% o valor dos serviços de hospitais e laboratórios e em 21% o preço dos planos de saúde, segundo levantamento do setor.
O representante da Confederação Nacional dos Serviços, Luigi Nesi, criticou a alíquota única e defendeu a desoneração da folha de pagamento.
Em troca da desoneração da folha, imposto que incide sobre os salários, o presidente da confederação do setor de serviços defendeu a recriação da CPMF, imposto sobre as transações financeiras.
Apesar de todos os setores ouvidos defenderem a desoneração da folha de pagamento, reduzindo, assim, os gastos dos empresários com a mão de obra, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi contrária a criação de uma CPMF como forma de compensar a redução dos impostos sobre os salários.