Desemprego chega a 13,8% no trimestre encerrado em julho
A taxa de desemprego no Brasil chegou a 13,8%, no trimestre de maio a julho, a maior desde o início da série histórica em 2012. Isso representa um aumento de 1,2 ponto percentual com relação ao trimestre anterior e de 2 pontos percentuais frente a igual período do ano passado. Em números absolutos, são 13,1 milhões desempregados, cerca de 500 mil a mais do que em 2019.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, que apontou ainda um recuo histórico na parcela ocupada da população, que ficou em 82 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre anterior, o contingente ocupado caiu em oito dos 10 grupamentos de atividades, com destaque para o recuo de 23,2% no setor de alojamento e alimentação e de 9,7% no Comércio.
Apesar de todos os resultados negativos históricos, a analista do IBGE Adriana Beringuy diz que os números mostram uma desaceleração.
O nível de ocupação, que representa a porcentagem de pessoas trabalhando, frente a população total do país com idade para estar no mercado de trabalho, também ficou no patamar mais baixo da série: 47,1%.
Isso se relaciona ainda com outro dois recordes, o de pessoas fora da força de trabalho, que não estavam disponíveis para trabalhar, que somaram 79 milhões de pessoas, e o de desalentados, que até gostariam de trabalhar mas desistiram, por não conseguir uma ocupação. Esse contingente somou 5,8 milhões de brasileiros.
Além disso, todas essas baixas refletiram na taxa de informalidade, já que a pandemia de coronavírus atingiu bastante os trabalhadores sem carteira ou por conta própria. Assim, a taxa de informalidade, que chegou a 41,3% no trimestre encerrado em julho do ano passado, ficou em 37,4% este ano.
O IBGE também identificou que a crise de empregos atingiu bastante os trabalhadores domésticos ocupados, que somaram 4,6 milhões de pessoas, 16,8% a menos do que no trimestre anterior.
