IPCA avança 0,86% em outubro e alcança o maior patamar desde 2002
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, registrou o maior patamar para o mês de outubro em 18 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (06) pelo IBGE. 
A IPCA chegou a 0,86%, puxada principalmente pela alta no preço dos alimentos e passagens aéreas. O resultado, acima de 0,64% registrado em setembro, só perde para a taxa de 1,31% verificada em outubro de 2002.
Com isso, a inflação oficial acumula alta de 2,22% de janeiro a outubro e de 3,92% em 12 meses. A maior variação e o principal impacto no indicador vieram, mais uma vez, de alimentação e bebidas. Embora o grupo tenha desacelerado frente a setembro, alguns produtos continuam pesando no bolso dos brasileiros, entre eles o arroz e o óleo de soja.
A inflação desses itens, no entanto, foi menos intensa em outubro. Houve queda nos preços da cebola, cenoura e o alho. Mas produtos como tomate, frutas, batata-inglesa e carnes ficaram mais caros, e pesaram na cesta de consumo das famílias, como destaca o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Os transportes também tiveram impacto relevante na inflação de outubro, com uma alta de preços de 1,19%. As passagens aéreas subiram quase 40%, representando o maior impacto individual no índice do mês.
Também foram observadas altas em itens como gasolina e seguro de veículo. O único grupo de despesas com deflação, ou queda de preços, foi educação, que registrou uma taxa de -0,04% em outubro.
Na passagem de setembro para outubro, o IPCA avançou em todas as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE.
