Pescadores artesanais são impactados pelo coronavírus no Nordeste
A pandemia do novo coronavírus impactou fortemente as pessoas que vivem da pesca artesanal. E o problema chegou em um momento em que os pescadores ainda estavam se recuperando das consequências econômicas das manchas de óleo que apareceram em diversas praias do nordeste do país em 2019.
É o que relata a marisqueira Ana Lúcia Oliveira de Jesus, de 38 anos, moradora do Quilombo Porto da Pedra, em Maragogipe, na Bahia.
Além dos prejuízos financeiros, a pescadora Rosângela Silva do Nascimento, presidente da Colônia de pescadores de Natal, no Rio Grande do Norte, contabiliza a morte de parceiros de pesca por causa da covid-19.
Preocupadas com a situação das comunidades pesqueiras do nordeste afetadas por esses dois grandes problemas, três organizações não governamentais decidiram formar uma aliança para ajudar essas pessoas: a Oceana, a Rare e Conservação Internacional.
As entidades pretendem fazer um mapeamento dos impactos ambientais e socioeconômicos e divulgá-los, como explica Monique Galvão, vice-presidente da Associação Rare Brasil.
A expectativa é que as organizações tenham esse panorama até 2021.