Terminou o apagão no Amapá. Após 21 dias entre escuridão total e rodízio de energia, os moradores do estado respiram mais aliviados. Durante a madrugada desta terça-feira (24), o segundo transformador, que veio do município de Laranjal do Jari, começou a operar.
Segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) o fornecimento foi garantido em 100% para atender os 13 municípios afetados pela explosão na Subestação Macapá, no dia 3 de novembro.
Nos cinco primeiros dias após o apagão, as pessoas ficaram totalmente sem energia. O rodízio estabelecido pela companhia começou no dia 8 de novembro, atendendo 60% da população. Muitos moradores reclamaram do cronograma. A moradora de Macapá Marcella Viana afirma que o esquema de rodízio sequer funcionou.
Sem eletricidade, os protestos começaram. Cerca 120 manifestações foram contabilizadas pela Polícia Militar do estado durante esse período. A população se revoltou com a falta de luz e suas consequências: perda de alimentos, falta d’água potável e os preços dos produtos básicos subindo - e tudo isso em meio a uma pandemia.
Para Lorena Cristina Araújo, outra moradora da capital, houve negligência. E agora, os moradores têm mais um problema a ser enfrentado: a falta d’água.
Em nota, a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) informou que, na madrugada desta terça-feira, uma das três bombas de captação de água bruta do sistema central de Macapá sofreu uma pane mecânica. O problema afetou o volume a ser distribuído, causando baixa pressão. A Caesa ainda alertou sobre a possibilidade de faltar água em alguns pontos da rede de abastecimento.
Sobre a resolução do problema de energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está trabalhando num relatório de análise de perturbação, que vai apontar as causas do apagão. Segundo o ONS, a previsão é que o relatório seja publicado no mês que vem.