IBGE estima safra recorde de 256,8 milhões de toneladas em 2021
A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar novo recorde histórico no ano que vem e chegar a 256,8 milhões de toneladas, de acordo com a segunda previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
A previsão representa um crescimento de 1,9% com relação a colheita total estimada para 2020, que é de 252 milhões de toneladas. O recorde esperado se deve, especialmente, aos aumentos de 5,1% na produção da soja e de 3,3% na primeira safra do milho.
Os pesquisadores do IBGE apontam que, como o preço da soja está muito bom, o produtor deve ampliar a área de plantio. Além disso, são boas as expectativas com relação ao clima, apesar da possibilidade de falta de chuvas na região Sul.
No entanto, os prognósticos não são muito favoráveis para a produção dos principais componentes da alimentação do brasileiro. A safra de arroz deve ter queda de 1,8%, mas ainda assim será produzido o suficiente para o consumo interno.
Já a produção estimada de 2,8 toneladas de feijão, com quedas em todas as três safras, significa que o país deve precisar importar a leguminosa.
O IBGE também atualizou a estimativa da safra deste ano, com dados do mês de novembro. As 252 toneladas somadas são 4,4% maior do que toda a colheita de grãos, cereais e leguminosas obtida em 2019 e na comparação com o prognóstico feito em outubro também houve incremento de cerca de 65 mil toneladas.
Na comparação com o ano passado, houve crescimento de 7,1% na produção de soja, de 7,8% na de arroz e de 0,4% na de milho.
O estado do Mato Grosso segue como maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,9%, seguido pelo Paraná, com 16% e o Rio Grande do Sul, 10,5%.