Intenção de consumo das famílias teve pior resultado no mês desde 2010
O indicador de Intenção de Consumo das Famílias alcançou o patamar de 74,2 pontos em fevereiro, o maior desde maio de 2020. Mas, esse foi o pior resultado para o mês desde 2010 e é bem inferior aos 99,3 pontos aferidos no ano passado. Além disso, o indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo segue abaixo do nível de satisfação de 100 pontos desde abril de 2015.
Na avaliação da economista da CNC, Caterina Carneiro, os resultados não foram totalmente negativos, já que tanto o Nível de Consumo Atual, quando a Perspectiva de Consumo, tiveram alta em relação a janeiro. A maioria das famílias acredita que vai consumir menos nos próximos 3 meses. Mas, o percentual de 54,9% é um pouco menor do que os 55,4% medidos em janeiro, apesar de estar 36,1% acima do observado em fevereiro de 2020.
Os indicadores do mercado de trabalho foram os que mais influenciaram o índice geral. A maior parte dos entrevistados, 32,2%, se sente menos segura com relação ao seu emprego do que no ano passado. Outro dado é que mais da metade das famílias pesquisadas ainda tem uma perspectiva profissional negativa em fevereiro, enquanto no mesmo mês de 2020, antes da pandemia, essa proporção era de 40,5%. Relacionado a isso, mais de 40% declararam que a renda familiar está pior agora do que no ano passado, bem acima dos 23,4%, que tinham a mesma percepção em 2020.