Vendas do comércio varejista em dezembro teve pior desempenho de 2020
O volume de vendas do comércio varejista em dezembro teve o pior desempenho para o mês desde 2000. A queda foi de 6,1%, com resultados negativos em todas as dez atividades pesquisadas. No entanto, no acumulado do ano, o setor fechou com alta de 1,2%.
Já o varejo ampliado, que inclui também atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção teve queda de 3,7% em dezembro e de 1,5% em 2020, após três anos consecutivos de alta. Os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE.
Na comparação com dezembro de 2019 houve alta de 1,2% e o acumulado em 2020 alcançou a quarta alta consecutiva, embora menor do que a dos anos anteriores. O resultado de dezembro foi o pior desde abril, no início da pandemia, que foi o mês com a queda mais intensa de 2020, superior a 17%.
Segundo o IBGE, a pandemia foi responsável por oscilações muito maiores no setor no ano passado. A inflação dos alimentos nos últimos meses de 2020 também teve uma forte influência no resultado, já que o setor de hiper e supermercados tem um grande peso no indicador. O setor cresceu 4,8% no acumulado do ano puxado também pelos gastos decorrentes do auxílio emergencial pago a população de baixa renda em função da pandemia. O resultado pior em dezembro também encontra resposta no fim do pagamento do auxílio, como explica o gerente da pesquisa Cristiano Santos.
No acumulado de 2020, quatro dos oito segmentos do varejo tiveram alta nas vendas, além de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, também cresceram móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria e outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Na outra ponta, quatro setores tiveram desempenho negativo, combustíveis e lubrificantes; tecidos, vestuário e calçados, com mais de 22,% de queda, livros, jornais, revistas e papelaria, com retração de mais de 30% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação.