O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getúlio Vargas, recuou 9,2 pontos em fevereiro, para 128,2 pontos.
Essa é a terceira queda consecutiva do indicador que, apesar disso, está 13 pontos acima do nível de fevereiro de 2020 - último mês antes do início das medidas de isolamento social decorrentes da pandemia de covid-19.
O indicador - que mede a incerteza da economia a partir de informações coletadas nos principais jornais do país e com base nas expectativas do mercado financeiro sobre variáveis macroeconômicas - tem dois componentes, e ambos recuaram em fevereiro.
O componente de mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza, caiu para 122,2 pontos (-6,1 pontos). Já o de expectativas, baseado nas previsões dos analistas econômicos para os 12 meses seguintes, recuou para 140,5 pontos (-18,2 pontos).
Estudos indicam que choques de incerteza podem gerar impactos negativos nas empresas e nas famílias, pois desmotivam investimentos, inibem a produção e também a propensão ao consumo. Além disso, o crescimento da incerteza na economia reduz a eficácia da política monetária. Resultados preliminares obtidos no Brasil mostram que aumentos na taxa de juros, por exemplo, têm efeito reduzido no controle da inflação em tempos de grande incerteza.