Débora Vilar é decoradora de casamentos. Erúzia Faluba é professora de inglês. Bom, pelo menos até 2020, essa era a atividade delas. Foi quando veio a pandemia da covid -19 e essas profissionais precisaram reinventar suas fontes de emprego e renda.
Erúzia Faluba é professora há mais de 20 anos. No ano passado, ela começou a trabalhar em uma escola particular que teve o número de alunos reduzidos por causa da pandemia, e ela foi demitida. Mas a professora Erúzia é também cozinheira de mão cheia e passou a trabalhar com venda de doces.
Após mais de um ano de medidas restritivas, Débora Vilar viu a demanda por decoração de casamentos diminuir. A solução para ter outra fonte de renda foi aproveitar a experiência com a oferta de produtos e serviços, e comercializar cestas de café da manhã. Um mimo que passou a ser uma opção de presente muito lembrada durante o isolamento. No último mês, Débora chegou a receber 170 pedidos. A empreendedora já pensa em ministrar cursos para dividir conhecimentos sobre vendas.
Toda crise esconde uma oportunidade, afirma o especialista em gestão de negócios Ulisses Soares. Para ele, a palavra do momento é adaptação. Para quem quer começar a empreender, Ulisses sugere que o trabalhador estude as habilidades que tem e verifique as demandas de onde mora.
O gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, Ênio Pinto, destaca que os empreendedores enxergam oportunidades onde as pessoas comuns veem problemas. No contexto da quarentena, segundo ele, os novos negócios podem ter sucesso ao atenderem às novas necessidades e devem, especialmente, estar conectados digitalmente.
Apreender a empreender, conhecer as necessidades da sua comunidade e oferecer produtos e serviços inovadores. Esse pode ser o caminho para pessoas que buscam gerir o próprio negócio nestes tempos tão desafiadores.