A taxa de desocupação caiu 1% no trimestre encerrado em julho, alcançando 13,7% na comparação com igual período anterior, finalizado em abril. Mesmo com a queda, o país tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que produziu a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Segundo o instituto, a população ocupada chegou a 89 milhões de brasileiros, o que representa alta de 3,6% frente o trimestre móvel anterior e 8,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy comentou o avanço no nível de ocupação desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020. Segundo ela, é importante destacar que esse crescimento da ocupação foi observado tanto com relação ao último trimestre quanto ao mesmo trimestre do ano passado.
O emprego com carteira assinada subiu 3,5%, com mais 1 milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Na comparação com o mesmo período de 2020, o número aumentou 4,2%. Segundo o IBGE, este é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020, na comparação anual.
A analista enumerou as atividades mais impactadas positivamente pela recuperação dos empregos com carteira assinada. Segundo ela foram a construção, serviços domésticos, alojamento e alimentação.
Ainda de acordo com a nova Pnad Contínua, houve aumento nos postos de trabalho informais, com a expansão das atividades por conta própria, sem Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, e do emprego sem carteira no setor privado. Com isso, a taxa de informalidade subiu de 39,8% do trimestre móvel anterior para 40,8% no trimestre encerrado em julho.
A população desalentada, ou seja, que desistiu de procurar uma ocupação, diminuiu 10% ante o trimestre anterior e 7,3% no ano.
