O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel, recuou para 0,02% neste mês de novembro, após alta de 0,64% no mês anterior.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (29) pela Fundação Getúlio Vargas, a menor variação do indicador em novembro foi influenciada pela queda nos preços de grandes commodities, ou seja, matérias-primas minerais e agrícolas, como o minério de ferro, a soja e o milho.
A queda nos preços dos alimentos processados também contribuiu para o resultado de novembro que, segundo o economista e coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, poderia ter sido menor ainda se não fosse a alta dos preços do diesel e da gasolina neste mês.
Com o resultado de novembro, o IGP-M acumula alta de 17,89% em 12 meses. Braz destaca que a taxa está bem próxima do esperado para o fechamento de 2021, que deve ser inferior aos 24,52% acumulados em 2020.
Para o economista, o IGP-M deverá continuar em queda até maio de 2022, e voltar a ficar mais perto do IPCA, o que, segundo ele, não acontece desde o segundo semestre do ano passado. Na época, houve uma explosão nos preços das commodities, conjugado com o ritmo de desvalorização cambial mais agudo.
