A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, recuou para 0,95% em novembro, após registrar alta de 1,25% em outubro, mas foi a maior para o mês desde 2015, quando a taxa foi de 1,01%.
Com o resultado de novembro, divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE, o indicador acumula no ano alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Segundo o IBGE, o acumulado em 12 meses foi o maior desde novembro de 2003, quando a taxa foi de 11,02%. Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%.
O gerente do IPCA, Pedro Kislanov, explicou que a alta da inflação em novembro foi puxada pelos transportes, influenciados pelos preços dos combustíveis, principalmente, da gasolina, que teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês.
Kilslanov lembra que a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que ainda está em vigor, e que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kw/h consumidos, continua pressionando a inflação.
Por outro lado, o índice geral de novembro desacelerou com o recuo em alimentação e bebidas e no grupo saúde e cuidados pessoais.
A inflação para as famílias com renda de até oito salários mínimos por mês, medida pelo INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, recuou para 0,84% em novembro, abaixo do resultado de outubro, de 1,16%. No ano, o indicador acumula alta de 9,36% e, em 12 meses, de 10,96%, abaixo dos 11,08% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa foi de 0,95%.
