Os aeroportos Santos Dumont e Internacional Galeão Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, serão administrados pelo mesmo grupo e o leilão deve acontecer no segundo semestre de 2023. O anúncio foi feito pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, diante da desistência da concessionária Changi, que administra o Galeão, em continuar com o negócio.
Assim, o Santos Dumont foi retirado da 7ª Rodada de Licitações de aeroportos, que acontece neste ano. É que, de acordo com o ministro Tarcísio Freitas, não faz sentido seguir com a concessão do Santos Dumont de forma isolada, já que o Galeão está sendo devolvido.
A empresa asiática Changi protocolou no fim da tarde dessa quinta-feira (10) um pedido na Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, para deixar a concessão, após o órgão ter negado, no início do mês, pedido para rever o equilíbrio do contrato.
Segundo a Changi, as perdas com a redução do tráfego aéreo durante a pandemia chegaram a R$ 7,5 bilhões. A concessionária, que atualmente detém 51% do aeroporto, queria abater esse valor das outorgas a serem pagas ao governo até 2039, quando acabaria o contrato atual. Em valores atualizados, a empresa teria que desembolsar pouco mais de R$ 1 bilhão por ano.
O ministro anunciou que a Changi continuará a prestar os serviços no Galeão até o contrato da nova licitação ser assinado. Os outros 49% do Galeão são administrados pela estatal Infraero.