O Índice de Confiança da Construção caiu 0,8 ponto em março, chegando a 92,9 pontos. O resultado do mês praticamente anulou toda a alta verificada em fevereiro.
Em médias móveis trimestrais, o índice também teve redução, de 1,3 ponto, a terceira consecutiva.
De acordo com os especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), depois das sucessivas ondas da Covid, a guerra na Ucrânia reacendeu o temor de aceleração nos preços dos materiais, que associada à alta os juros, pode comprometer ainda mais a demanda para os próximos meses. Essa combinação foi decisiva para abalar a confiança do setor.
Mas esse analistas avaliam que, pelo menos, a percepção dominante é de que o patamar atual é bem superior ao verificado no mesmo período do ano passado.
A queda em março foi resultado da piora das previsões para os próximos meses, já que o Índice de Expectativas recuou 3,8 pontos, para 93,9 pontos. O indicador que mede a tendência dos negócios também despencou 4,4 pontos, chegando a 89,8 pontos.
Por outro lado, o Índice de Situação Atual subiu 2,1 pontos, alcançando 92, a primeira alta neste ano.
A FGV também divulgou nesta segunda-feira o Índice Nacional de Custo da Construção – M que variou 0,73% em março, percentual superior ao apurado em Fevereiro.
Com isso, o indicador acumula alta de 1,85% no ano e 11,63% em 12 meses.