Os importadores de combustíveis defendem o alinhamento de preços ao mercado internacional para reduzir o risco de desabastecimento de diesel no segundo semestre. O alerta sobre essa possibilidade foi feito pela Petrobras, na semana passada, ao governo federal.
O Brasil importa cerca de 30% do diesel consumido no país. A defasagem média do preço gira em torno de R$ 0,37 por litro, segundo a Abicom, Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis
Por e-mail, o presidente executivo da entidade, Sérgio Araújo, reforçou que a própria Associação já havia avisado sobre esse risco. Ele defendeu também a implantação urgente de um fundo de estabilização para que os aumentos não sejam repassados aos consumidores. Segundo ele, o governo poderia usar recursos dos royalties, participações especiais e dividendos pagos pela Petrobras.
O economista Cesar Bergo, professor da UnB, diz que o fundo é uma saída, mas a contribuição não pode ser só pública, tem que ter dinheiro privado. Outro ponto é mais investimento em refino.
A Agência Nacional do Petróleo informou que está dedicada a acompanhar a situação e a propor as medidas necessárias para garantir a oferta do diesel, mas não detalhou quais seriam essas medidas.
Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional
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