A taxa de desemprego do país saiu da casa dos dois dígitos no trimestre encerrado em maio e chegou ao menor valor para este período desde 2015: 9,8%. Em relação ao trimestre anterior, encerrado em fevereiro, a queda chegou a 1,4 ponto percentual e, na comparação com igual período do ano passado, ficou em 4,9.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Eles significam que 10,6 milhões de brasileiros estavam a procura de uma vaga de emprego, uma redução de 1,4 milhão frente ao trimestre anterior. E o número de pessoas ocupadas, 97,5 milhões, foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, 9,4 milhões a mais do que em maio do ano passado.
A coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que o crescimento expressivo foi disseminado entre os diversos tipos de ocupação e setores econômicos, mas vem acompanhando a reabertura das atividades com o controle da pandemia de Covid 19.
De acordo com a pesquisa, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 2,8% entre os trimestres avaliados, alcançando 35,6 milhões de pessoas. Mas o contingente sem carteira também subiu 4,3% nesta relação e 23,6% na comparação com o ano passado, chegando a 12,8 milhões de brasileiros, maior quantidade desde o início da série histórica. Já os trabalhadores por conta própria somaram 25,7 milhões.
Com isso a taxa de informalidade, estável na passagem entre trimestres, foi maior do que em maio do ano passado: 40,1%.
Ainda de acordo com a Pnad Contínua, o rendimento real habitual no país caiu 7,2% em um ano e foi apurado em R$ 2.613.