O crescimento do número de viagens no país desacelerou em 2021. Enquanto em 2019 foram mais de 20 milhões, o ano passado registrou cerca de 12 milhões de viagens, uma queda de 41%.
Apesar da atividade turística ter sido fortemente afetada pela pandemia de covid-19, tanto em 2020 quanto em 2021, devido ao isolamento social imposto pela doença e o consequente fechamento de vários estabelecimentos, como hotéis e restaurantes, a falta de dinheiro foi o fator que mais pesou para os brasileiros não fazerem as malas e colocar o pé na estrada.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Turismo, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, e que apresenta um quadro dos fluxos de turistas nacionais nas diferentes regiões do país e para o exterior.
O percentual de viagens internacionais caiu de 3,8% em 2019 para 0,7% em 2021. E, segundo a amostra, no Brasil, mesmo diante desse quadro, as regiões mais visitadas foram o sudeste e o sul, como explica a analista da PNAD Turismo, Flávia Vinhaes.
Considerando a renda das famílias, entre os que declaram rendimento abaixo de meio salário mínimo por pessoa, as viagens foram, em 35% dos casos, para tratamento de saúde e apenas apenas 14,3% para o lazer.
Já nos domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos, 57,5% das viagens foram para lazer e apenas 4,4% para tratamento de saúde.