Os economistas do mercado financeiro reduziram, pela sexta vez consecutiva, a previsão da inflação para 2022. Com isso, caiu de 7,15% para 7,11% a previsão de IPCA para este ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.
Cerca de dois meses atrás, a previsão era que o Brasil fecharia o ano com uma inflação de 8,8%, mais de um ponto percentual acima da atual previsão do mercado.
Para o economista William Baghdassarian, do Ibmec, a previsão de uma inflação mais baixa é resultado dos aumentos sucessivos dos juros no país.
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central tem aumentado a taxa básica de juros, a taxa Selic, que subiu 11 vezes consecutivas, até chegar a 13,75% ao ano no último dia 3 de agosto.
Ao aumentar os juros, o Banco Central desestimula o consumo, forçando uma queda nos preços. Como efeito colateral, os juros altos tendem a reduzir o crescimento econômico.
A previsão de inflação do mercado em torno dos 7% para este ano ainda está acima da meta prevista pelo Conselho Monetário Nacional, que estabeleceu uma inflação de, no máximo, 5% neste ano. Porém, o Banco Central já admitiu que deve estourar o teto da meta, assim como ocorreu no ano passado quando o IPCA ficou em 10%.