O Brasil deve produzir, em julho, 263 milhões e 400 mil toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. Um recorde! A estimativa está no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE.
Este valor é 4% maior que a safra obtida em 2021, de 253 milhões e 200 mil toneladas, e 0,8% acima da estimativa de junho.
O crescimento se deve ao aumento do plantio e dos investimentos dos produtores que estão ampliando a área de cultivo de grãos em 6,4% para 73 milhões de hectares, o que significa mais 4,4 milhões de hectares em relação a 2021.
Na avaliação do gerente da pesquisa, Carlos Barradas, os produtores plantaram mais porque os preços internacionais estão muito elevados, sobretudo o do trigo, por conta da guerra da Rússia e a Ucrânia, que são grandes produtores e exportadores de trigo.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da pesquisa. Somados, eles representam 91,4% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.
A soja apresentou alta de 0,7%, em relação a junho. É o segundo produto responsável pelo crescimento de 2 milhões de toneladas de grãos em julho, depois do trigo que atingiu 820 mil toneladas.
O IBGE também divulgou os resultados preliminares da Produção Pecuária para o segundo trimestre do ano. O abate de frangos caiu 2,0%, o de bovinos subiu 2,7% e de suínos cresceu 6,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado.