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Economia

Extração de madeira nativa bateu recorde em 2021, diz IBGE

Para pesquisador, uma das razões é a expansão das fronteiras agrícolas
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Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional
29/09/2022 - 12:27
Rio de Janeiro
Polícia Federal na divisa do Pará com o Amazonas
© Divulgação/ Exército Brasileiro

O valor obtido com a extração de madeira bateu recorde no Brasil no ano passado. Após crescer 37,9% na comparação com 2020, passou de R$ 3,9 bilhões. Três tipos de produto são provenientes dessa extração e todos tiveram aumento: a quantia obtida com a exploração de madeira em tora subiu 46,74%; com carvão vegetal, a alta ficou em 30,3%; e, em relação à lenha, o resultado foi 10% superior.

De acordo com o IBGE, a alta expressiva reverteu a tendência dos últimos anos em que a extração de madeira nativa vinha perdendo espaço para as florestas cultivadas. O gerente da pesquisa, Carlos Alfredo Guedes, explica que isso pode estar relacionado à expansão das fronteiras agrícolas.

De forma geral, a produção vegetal brasileira cresceu 27,1% de 2020 para 2021, alcançando a cifra de R$ 30,1 bilhões. A silvicultura ainda teve 79,3% de participação contra 20,7% das atividades extrativas. Mas, quando comparados, o segundo cresceu mais entre os dois anos. Das florestas plantadas, quase 77% eram eucalipto, principalmente para a produção de papel, e, 19,1%, pinus, usado na produção de móveis e na construção. E, de acordo com Guedes, a pandemia ajuda a explicar parte dos bons números.

Já entre os produtos não madeireiros, o açaí, com mais de R$ 771 milhões, e a erva-mate, com quase 763 milhões, foram os produtos que mais geraram valor produção e seguem absolutos como os principais itens alimentícios da extração vegetal, respondendo por mais de 82% de participação.

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