A Petrobras reduziu em 0,84% o valor de venda para as distribuidoras do querosene de aviação. O novo preço passa a valer a partir de sábado, dia 1 de outubro. Este é o terceiro reajuste negativo seguido do combustível, que caiu 2,6% em agosto e 10,4% em setembro.
A medida deve amortecer um pouco mais a forte inflação do combustível, registrada em 2021 e no primeiro semestre deste ano. De janeiro a julho, o querosene de aviação acumulou alta de mais de 70%, de acordo com cálculos da Associação Brasileira das Empresas Aéreas. Como o combustível representa mais de um terço dos custos totais dessas companhias, a alta reflete diretamente na subida dos preços das passagens aéreas.
Ainda de acordo com a Abear, apesar do Brasil produzir 93% do combustível que utiliza, aqui o valor chega a ser 40% superior ao da média global. Como a maior produtora nacional é a Petrobras, que também revende combustível importado, a política de preços da companhia acaba ditando a variação geral.
Os preços do querosene costumam ser ajustados mensalmente, considerando uma fórmula negociada diretamente com as distribuidoras. De acordo com a Petrobras, eles buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações mundiais do valor do produto e da taxa de câmbio.
A estatal afirmou em nota, no entanto, que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores.