A produção industrial do país cresceu 0,6% em julho, na comparação com o mês anterior. Mas diante do desempenho de 2021, houve recuo de 0,5%, segunda taxa negativa seguida. Apesar do avanço mensal, os acumulados ainda são negativos em 2% neste ano e em 3% nos últimos 12 meses.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE. E de acordo com o gerente do levantamento, André Macedo, o setor ainda está 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia e 17,3% aquém do recorde alcançado em 2011.
Em julho apenas dez dos 26 ramos pesquisados tiveram alta na produção. As influências positivas mais importantes vieram dos produtos alimentícios, com alta de 4,3%, e da produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que subiu 2,0%. Também teve destaque o avanço de 10% percebido nos produtos farmoquímicos e farmacêuticos. Por outro lado, a produção de máquinas e equipamentos ficou em -10,4% . Também houve queda de 9%, na atividade de outros produtos químicos.
Entre as grandes categorias econômicas, duas das quatro avançaram frente a junho. A maior variação positiva veio de bens intermediários, 2.2%. Já a produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 1,6%. Em contrapartida, os setores produtores de bens de consumo duráveis recuaram 7,8% e a queda nos de bens de capital ficou em 3,7%.