O ex-ministro da educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi indicado por Lula para reunião com representantes do sistema financeiro. Cotado para ser o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad participou nesta sexta-feira de um almoço na Febraban, a Federação Brasileira de Bancos. Em uma plateia formada por banqueiros, Haddad disse que a reforma tributária é prioridade para o novo governo:
Segundo ele, a ideia é começar mudando os impostos indiretos, ou seja, sobre o consumo, mas que numa segunda etapa, vão ser propostas também mudanças na tributação da renda e do patrimônio. O mercado financeiro tem reagido mal às falas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de que é preciso investir em setores sociais mesmo que isso signifique quebrar o teto de gastos. Haddad optou por relacionar a lei que limitou os gastos do governo federal à ausência de regras para garantir a qualidade das despesas.
Haddad também falou em recuperação do pacto federativo e do equilíbrio entre os Três Poderes. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou do almoço e disse que é preciso ficar atento à inflação e defendeu a credibilidade fiscal. A presença de Haddad foi interpretada por analistas financeiros como um teste da aceitação do nome dele à frente da equipe econômica no próximo governo.
