A expectativa para os próximos meses é de uma recuperação lenta de empregos, que continua com saldo negativo. É o que aponta a pesquisa Indicador Antecedente de Emprego, divulgada nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas.
O estudo mostra um aumento de 1,6 ponto em dezembro, subindo para 74,7 pontos. Mesmo assim, o valor registrou queda em outubro e novembro e termina o ano de 2022 com saldo negativo de 7,1 pontos.
Os destaques positivos para o mês de dezembro foram os indicadores da situação atual, que subiu 1,7 ponto, e do emprego nos próximos meses, revelado na Sondagem do Consumidor, com aumento de 0,9 ponto.
De acordo com o pesquisador da FGV, Rodolpho Tobler, a previsão é de desaceleração da economia, o que afeta a geração de empregos.
Entre as quedas, o destaque foi o indicador de Emprego Previsto da Indústria, que reduziu 0,9 ponto. Os indicadores do Emprego Previsto, da Tendência dos Negócios e da Situação Atual do Negócios de Serviços contribuíram com 0,2 ponto negativo cada.
O Indicador Antecedente de Emprego é feito com a combinação de dados das sondagens da Indústria, dos Serviços e do Consumidor e mostra as chances de criação de empregos futuros nos setores.