Funcionários das Lojas Americanas e membros de sindicatos trabalhistas se encontraram na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para defender os direitos dos trabalhadores diante da crise que a empresa enfrenta. Além do Rio, a manifestação aconteceu em diversas capitais, entre elas, São Paulo e Porto Alegre.
Participaram do ato, integrantes do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e da Central Única dos Trabalhadores. Entre as pautas, estão a negociação de parcerias com bancos de empregos para recolocar funcionários caso as demissões em massa sejam inevitáveis, como explica o presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah.
Representantes sindicais vão se reunir com a alta cúpula das Lojas Americanas para discutir a situação e tentar definir um plano de reestruturação que cause o menor impacto possível no emprego desses profissionais. A funcionária das Lojas Americanas, Darlana Santiago, fala das negociações e da expectativa em relação ao destino da companhia.
O representante da Força Sindical do Comércio Nacional, Milton Neto, dá sugestões de como os sindicatos podem atuar no sentido de minimizar o impacto de possíveis demissões.
Com dívidas de R$ 43 bilhões reconhecidas após a divulgação de problemas no balanço, as Lojas Americanas entraram em recuperação judicial pela Justiça do Rio de Janeiro. A decisão tem como objetivo salvar uma das varejistas mais tradicionais do país.
A ideia é fazer negociações com todos os credores, entre eles, trabalhadores e fornecedores para evitar que a empresa quebre. Todo o processo ocorre sob supervisão da Justiça e precisará ser aprovado pelos credores, em assembleia.
Com mais de 90 anos de existência, as Lojas Americanas foram fundadas em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A rede possui mais de 1700 lojas em todos os estados brasileiros.