Pesquisa da Fundação Seade, ligada ao governo de São Paulo, mostra que as desigualdades no mundo do trabalho entre homens e mulheres persistem. Mais que isso, a pesquisa revela que as mulheres, apesar de terem formação escolar maior que os homens, recebem salários menores.
De acordo com o relatório, 34% das mulheres entre 25 e 44 anos têm ensino superior completo, contra cerca de 27% dos homens da mesma faixa etária. No entanto, a média salarial de uma mulher negra no estado de São Paulo é de R$ 13,86 por hora, enquanto a de um homem não negro é de R$ 27,15.
Além disso, a pesquisa mostra ainda que o desemprego atinge ainda mais as mulheres negras. No terceiro trimestre de 2022, 14,2% das mulheres negras estavam desempregadas no estado, ao passo que entre os homens não brancos, a taxa era de 5,8%.
Para reverter essa situação são necessários mais esforços de governos e da iniciativa privada, pois de acordo com declaração recente de Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, com o ritmo atual de mudanças, a igualdade salarial entre homens e mulheres só será atingida em 300 anos.