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Economia

Preço da cesta básica cai e consumo nos lares aumenta em julho

Índices são medidos pela Associação Brasileira de Supermercados
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Madson Euler - repórter da Rádio Nacional
01/09/2023 - 15:09
São Luís

A queda do preço da cesta é um dos responsáveis pelos números positivos do consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados.

Em julho, a cesta básica, composta por 35 produtos de largo consumo monitorados pela Abras, registrou queda de -1,51% na comparação com junho.

Os preços do conjunto de itens, que inclui alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, de higiene e beleza, recuou, em média, de R$ 741,23 para R$ 730,06. É o menor preço registrado desde fevereiro de 2022, quando o valor médio foi de R$ 719,06. 

O Consumo nos Lares Brasileiros em julho registrou alta de 4,24%, na comparação com o mês anterior. Aumento de 3,37% em relação a julho do ano passado, chegando a 2,52% no acumulado do ano.

Os itens da cesta que mais contribuíram para a leve queda nos preços foram os produtos lácteos, como leite longa vida, leite em pó, margarina cremosa e os queijos muçarela e prato, e os produtos de proteína animal, cortes de gado dianteiro e traseiro, o frango congelado e o pernil. A queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-9,24%), seguido de óleo de soja (-4,77%) e do café torrado e moído (-1,58%).  

Entre os itens que tiveram maior alta de preços estão a cebola, o açúcar refinado e os refrigerantes.  

Para os próximos meses, a Abras pondera que os reajustes nos preços dos combustíveis, especialmente do óleo diesel, em agosto, devem elevar os preços dos itens da Cesta. O vice-presidente da Associação, Márcio Milan, dá como exemplo o impacto do aumento do diesel nos preços de produtos originários da agricultura e pecuária. 

“São sementes, os defensivos agrícolas, ou seja, são produtos que os agricultores precisam para poder fazer o seu trabalho. Existe frete. É utilizado o combustível para a movimentação de todas as máquinas e equipamentos agrícolas: a preparação do solo, adubação, o plantio, a irrigação, a pulverização, a colheita, e o frete de venda para o local regional”.

Milan acredita que este impacto nos preços já chegou às prateleiras. 

“O frete representa para os produtores rurais, no seu custo operacional, algo em torno de 50% em média. Mas quando você olha o produto final, os produtores estão sinalizando um repasse quase que de imediato de em média de 5% a 8% nos preços dos produtos, com o reajuste do diesel e o impacto do frete. E esses aumentos devem estar chegando já para o consumidor”.

O levantamento do Consumo nos Lares Brasileiros contempla as vendas em atacados, varejos, supermercados convencionais, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e e-commerce. 

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