O Banco Central reduziu, pela terceira vez consecutiva, a taxa de juros básicos da economia. A decisão foi pela redução de 0,5%, o que deixa a taxa Selic em 12,25% ao ano.
A taxa de juros do país chegou ao menor nível desde maio do ano passado.
O Comitê de Política Monetária, órgão do Banco Central que estabelece os juros, apontou para novos cortes de 0,5% nas próximas reuniões.
Mas o Banco Central alerta que o cenário econômico exige cautela dos países emergentes. Já que o ambiente externo continua adverso, com a elevação dos juros nos Estados Unidos, a inflação elevada em diversos países e tensões geopolíticas, especificamente o conflito Israel-Hamas.
No Brasil, os indicadores seguem para uma desaceleração da economia nos próximos trimestres. O Copom projeta uma inflação para 4,7% em 2023.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. O acumulas do IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - que mede a inflação - dos últimos 12 meses chegou a 5,19%.
A Selic também influencia o crédito para crescimento da economia do país. Quanto mais alta, menor o estímulo para consumo e investimento.
A Confederação Nacional da Indústria se posicionou após a decisão do Banco Central, e disse que o corte da Selic é insuficiente para impedir a queda do crescimento econômico. A CNI disse que espera cortes mais intensos na taxa de juros próximas reuniões, uma vez que o cenário é de controle da inflação.