Mais de 10 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza no país em 2022. Das cinco regiões, o Centro-Oeste foi a que registrou a maior redução das taxas de pobreza, impactada pela melhora do mercado de trabalho.
O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza também diminuiu. As maiores quedas foram registradas no Norte e no Nordeste.
Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2023, divulgada nesta quarta-feira (6), pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A pesquisa mostra ainda que o número de pessoas negras vivendo na pobreza era duas vezes superior à de brancos no ano passado.
E a desigualdade se mantém, qualquer que seja o nível de instrução. Em 2022, o rendimento-hora da população ocupada branca era aproximadamente 61 % maior que o da população preta ou parda. A maior diferença estava no nível superior completo: R$ 35,30 para brancos e R$ 25,70 para pretos ou pardos.
O estudo também mostra que em 2022, mais de dez milhões de jovens entre 15 e 29 anos, não estudavam nem trabalhavam.
Segundo Denise Freire, analista do IBGE, os dados apontam, ainda, para um número maior de jovens negros fora da escola e do mercado de trabalho, e de mulheres entre 18 e 24 anos.
Entre os que não estudavam nem estavam ocupados, 43% eram mulheres pretas ou pardas e 24% eram homens pretos ou pardos, enquanto 20% eram mulheres brancas e 11% eram homens brancos.