A prévia da inflação oficial ficou em 0,44% em maio, mais que o dobro do mês de abril. A alta foi puxada principalmente pelo preço da gasolina, que subiu 1,9% no período de coleta e contribuiu com 0,09 ponto percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, divulgado nesta terça-feira (28) pelo IBGE. 
O resultado de maio interrompe a sequência de dois meses de queda do IPCA-15 e é o maior desde fevereiro, quando chegou a 0,78%. Em maio do ano passado, o índice estava em 0,51%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 ficou em 3,70%, dentro da meta de inflação do governo, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O acumulado também está abaixo do observado nos 12 meses imediatamente anteriores, de 3,77%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta de preços em maio. As maiores variações vieram do grupo transportes, cujo vilão foi a gasolina, produto com maior influência da alta em toda a pesquisa. Logo a seguir, aparece o grupo saúde e cuidados pessoais, com influência do reajuste nos preços dos medicamentos no fim de março.
O IBGE explicou que a divulgação do IPCA-15 de maio sofreu impactos causados pelo estado de calamidade na região metropolitana de Porto Alegre, que enfrentou alagamentos. Os pesquisadores precisaram intensificar a coleta por meios remotos, como telefone e internet.
