IBGE: Apenas 37% das empresas de 2017 sobreviveram cinco anos
Apenas 37% das empresas empregadoras nascidas em 2017 no país sobreviveram passados cinco anos. Os dados são da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2022, do IBGE, divulgados nesta quinta-feira. O percentual de sobreviventes no primeiro ano, no entanto, apresenta um movimento crescente desde 2018. 74% das empresas nascidas em 2018 sobreviveram no ano seguinte, enquanto que quase 80% das nascidas em 2021 sobreviveram em 2022.
O levantamento mostra que em 2020, quase sessenta mil negócios morreram, o que representa uma taxa de mortalidade de 9%. A pesquisa considera um prazo de 24 meses para constatação da “morte” de uma empresa, então, o ano de 2020 é a referência para as mortes apuradas em 2022.
Os setores do comércio, reparação de veículos automotores e de motocicletas foram os que mais contribuíram para os índices de morte de empresas empregadoras em 2020, 43,3%.
Apesar disso, essa mesma categoria correspondia a 44,3% das companhias ativas naquele ano. Segundo o analista da pesquisa, Eliseu Oliveira, como esses percentuais são próximos, não houve impacto para a economia desses setores.
O Brasil tinha quase oito milhões de empresas ativas em 2022. Dessas, dois milhões e seiscentos mil eram empregadoras. Essas companhias tinham mais de 40 milhões e meio de trabalhadores, sendo 36 milhões e meio como assalariados. O salário médio era de R$ 3 108,66.
Foram criadas mais de 405 mil empresas empregadoras naquele ano, uma taxa de nascimento de cerca de 15%. As mulheres eram minoria nas ocupações, cerca de 42%. A participação delas voltou a crescer a partir de 2021, depois de ter caído entre 2018 e 2020.
A pesquisa também traz dados sobre os negócios de alto crescimento, aquelas que apresentam aumento médio do pessoal assalariado maior que 10% ao ano, por um período de três anos.
As empresas apresentaram uma taxa de evolução de empregados assalariados de 20,6%, com um saldo de 6 milhões e 200 mil novos postos de trabalho no período. Segundo o analista da pesquisa, Eliseu Oliveira, esse dado mostra a importância dessas entidades para a economia brasileira.
Em 2022 havia mais de 70 mil empresas de alto crescimento que empregavam mais de oito milhões de assalariados. Houve aumento no quantitativo desses negócios ao longo da série histórica a partir de 2017, com o ano de 2022 apresentando o maior índice.