PIB agropecuário caiu 1,5% em relação a 2023. A principal queda foi da produção de soja, com redução de 4,7%; do milho, 12%; e da cana-de-açúcar, 8,4%.
Dos principais produtos agrícolas brasileiros, somente a produção de carne teve crescimento de 6,6%.
Mas a indústria e serviços em torno da agricultura, o agronegócio como um todo, acabou se recuperando, crescendo em 2%.
As questões climáticas foram as principais causas do desempenho rural do ano. As secas em grande parte do país, bem como as enchentes no Rio Grande do Sul, afetaram diretamente a produção brasileira.
Mas o presidente Confederação Nacional da Agricultura, a CNA, João Martins, nega as mudanças climáticas que vem ocorrendo no mundo.
Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas da União Europeia, 2024 deve ultrapassar 2023 como o ano mais quente desde o início do registro das medições climáticas, e a temperatura está 1,5º grau Celsius mais quente que no início do século XX.
Segundo Isabel Drigo, diretora de Ciência do Clima do Instituto de Manejo e Certificação Florestal, o Imaflora, as mudanças climáticas preocupam.
Mas para 2025, a expectativa da CNA é a de que o clima seja mais ameno, com a retomada da produção da soja em 12%, e do milho, em 3,6%. Já em relação à carne e à cana-de-açúcar, a estimativa é de queda superior a 3% para o próximo ano. Quanto ao PIB agropecuário, a previsão é de crescimento em torno de 4%.
