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Economia

Consignado para setor privado já teve mais de 40 milhões de simulações

Ministro Fernando Haddad defendeu o fim do superendividamento
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Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional
24/03/2025 - 14:29
São Paulo
Brasília (DF), 12/03/2025  – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa da cerimônia de lançamento do programa “Crédito do Trabalhador”
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
© Antonio Cruz/Agência Brasil

O novo empréstimo consignado do setor privado, que entrou em operação na última sexta-feira (21), já teve mais de 40 milhões de simulações de crédito.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que o trabalhador do setor privado tenha as mesmas condições de crédito consignado dos aposentados e servidores públicos, ou seja, com taxas de juros bem menos agressivas. A defesa foi feita durante o seminário Rumos 2025, do Valor Econômico, nesta segunda-feira (24).

Para Haddad, o superendividamento dos mais vulneráveis não contribui para o desenvolvimento do país.

"Em primeiro lugar, era uma questão de justiça; por que que o trabalhador da iniciativa privada não pode ter os mesmos direitos? Veja você que quem tá no crédito pessoal tá pagando entre 5% e 6% de juro ao mês. Às vezes não foi a dívida que superindvidou a pessoa, foi o juro".

O evento Rumos discute os caminhos necessários para o Brasil continuar se desenvolvendo e analisa as alternativas para um futuro mais próspero. Falando sobre comércio internacional, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, relatou que o Brasil responde por apenas 2% do PIB mundial, e por isso o governo busca aumentar as exportações. Ele apontou a celebração do acordo entre Mercosul e União Europeia, que deve ser completado este ano.

Sobre as mudanças econômicas anunciadas pelo governo de Donald Trump, de aumentar a taxação de produtos importados pelos Estados Unidos, Alckmin lembrou que a parceria entre os países tem 200 anos, e que atualmente a balança comercial é favorável aos americanos, em 25 bilhões de dólares anuais.

"Lamentamos a atitude americana, porque, na realidade, no caso do Brasil, eles têm superávit conosco na balança comercial. Então o Brasil não é problema para os Estados Unidos".

Geraldo Alckmin disse ainda que o governo brasileiro vai aguardar o próximo dia 2 de abril, quando o governo americano deve anunciar ao mercado internacional as novas medidas comerciais.

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