Os docentes começaram a paralisação no dia 27 de maio, há quase quatro meses, juntamente com os funcionários técnico-administrativos da instituição.
Segundo o professor César Minto, vice-presidente da Associação de Docentes da USP, o trabalho acumulado com a greve deve ser compensado. No entanto, ele salientou a dificuldade da reposição total das aulas perdidas com a paralisação.
De acordo com a USP, a greve afetou uma parcela das unidades de ensino -- como a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, e a Escola de Comunicações e Artes -- e não a universidade como um todo. Ainda segundo a instituição, as faculdades prejudicadas durante a greve estão estabelecendo seus próprios cronogramas de reposição.
Os professores e funcionários da USP decidiram encerrar a greve após o Conselho Universitário da instituição ter aprovado a concessão de 28,6% de abono salarial, retroativo ao mês de maio, para todos os funcionários. O abono foi proposto pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo em audiências de negociação.
Além disso, o Conselho Universitário aprovou a decisão da reitoria de antecipar, para os meses de setembro e dezembro, o reajuste salarial de 5,2%, dividido em duas parcelas iguais de 2,57%.