Escolas de tempo integral de Ensino Médio apresentam menores taxas de distorção entre idade e série escolar e têm mais professores efetivos e com mestrado e doutorado. Esses são alguns exemplos de indicadores educacionais positivos quando comparados com os das escolas de período parcial.
É o que mostram os resultados preliminares de um estudo sobre Ensino Médio realizado pela organização não-governamental Cenpec (Centro de Pesquisas e Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária).
A pesquisa - divulgada nesta quarta-feira - abrange 24 escolas de 12 cidades em quatro estados: Ceará, Goiás, Pernambuco e São Paulo.
Segundo o Cenpec, esses estados foram escolhidos porque apresentam bons indicadores e implementam de forma mais abrangente medidas que outros estados vêm colocando em prática de forma mais restrita.
Entre essas medidas estão a ampliação das matrículas em tempo integral, o monitoramento dos processos pedagógicos e o investimento na reforma curricular e na formação continuada de seus professores.
Para a presidente do Conselho Administrativo do Cenpec, Maria Alice Setúbal, o grande desafio é ampliar essa oferta de escolas de tempo integral pelo país, principalmente para áreas de maior vulnerabilidade social.
Foram entrevistados 669 estudantes do segundo ano do Ensino Médio dos quatro estados analisados. Segundo a pesquisa, os jovens entrevistados têm boa relação com as escolas e enxergam nelas um importante instrumento para entrar no mercado de trabalho. Os alunos, além disso, esperam prosseguir os estudos.