Em greve há dois dias, por tempo indeterminado, professores da rede estadual de Mato Grosso aguardam um acordo com o governo do estado.
A categoria pede 11% de reajuste salarial. O governo oferece 2% em setembro e outros 3% em janeiro do ano que vem, o que representaria, segundo o Executivo, um esforço fiscal de R$ 600 milhões.
O governador, Pedro Taques, alega que conceder o aumento de 11%, ainda em 2016, provocaria atrasos dos salários no final do mês ou então o parcelamento, e possíveis demissões de servidores em estágio probatório.
Os professores também protestam contra o que eles chamam de processo de terceirização das escolas públicas estaduais. Um projeto do governo matogrossense para reformar e construir novas escolas.
O Sindicato afirma que o projeto do governo visa repassar para as parcerias público-privadas os serviços de gestão, manutenção e infraestrutura das escolas estaduais.
Em nota a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso esclarece que a proposta de parceria público-privada ainda está em discussão. O projeto contempla 76 escolas estaduais. Mas o governo nega investimentos na terceirização da educação.
O movimento grevista dos professores incentivou também a ocupação, por estudantes, das escolas do estado, segundo a Associação Matogrossense dos Estudantes Secundaristas. Cerca de 16 escolas estariam ocupadas no Mato Grosso.
