Os estudantes que ocupam a reitoria da UEFS, Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, informaram que não há previsão de desocupação, uma semana após o início da greve estudantil. A declaração foi dada após a recomendação do Ministério Público da Bahia ao reitor da instituição, Evandro Silva, que tome “providências imediatas ao restabelecimento da ordem e da prestação de serviços educacionais na entidade”.
O integrante da comissão de comunicação do movimento Ocupa UEFS, Iago Gomes, explica que a recomendação partiu de uma denúncia feita por estudantes contrários à ocupação.
De acordo com o Ministério Público da Bahia, a recomendação é do promotor de Justiça, Aldo da Silva, que culpa a manifestação dos estudantes pela falta de aulas, já que, segundo ele, priva a maioria dos alunos e professores do exercício de seus direitos à educação.
Nesta quarta-feira, os estudantes chegaram a se reunir com a reitoria da UEFS, mas, segundo eles, não foi para decidir pela desocupação, que será definida em assembleia. Eles argumentam que a reunião com o reitor foi a primeira de negociação que ocorreu para serem discutidas pautas internas, como infraestrutura e melhorias na universidade, e externas, relacionadas aos protestos que motivaram as demais ocupações de todo o país.
Todas as universidade públicas da Bahia estão ocupadas em pelo menos um campus. Segundo o coletivo Ocupa Bahia, são mais de 40 prédios nessa situação, e sem previsão de suspensão das atividades grevistas. O Movimento Ocupa Escolas Bahia informou que atualmente 25 escolas estão ocupadas no estado, incluindo colégios estaduais e institutos federais.