A rede pública de ensino de Manaus vai ofertar, a partir do segundo semestre, aulas para as crianças venezuelanas da etnia Warao.
O assunto está sendo discutido entre representantes da secretaria municipal de educação, com a participação da gerência de educação escolar indígena, e do Ministério da Educação.
A ideia é que os indígenas tenham acesso a um ensino humanizado e que respeite a cultura, a língua materna e a tradição da etnia Warao. Segundo o secretário nacional de Educação Básica, Rossieli Soares, o MEC vai apoiar os governos do Amazonas e de Roraima para oferecer esse atendimento diferenciado.
A secretária municipal de Educação, Kátia Schweickardt, informou que devem ser criadas salas de aulas nos abrigos onde as famílias venezuelanas estão vivendo. Professores bilíngues também vão ser selecionados. O MEC vai ajudar com a infraestrutura e a merenda.
De acordo com a gerente de Educação Escolar Indígena da secretaria municipal, Altaci Rubim, haverá visitas ao abrigo onde venezuelanos estão para verificar as condições do espaço para a criação das salas de aula e ouvi-los sobre a iniciativa.
Na semana passada, mais de 250 indígenas Warao foram levados para o abrigo chamado de Serviço de Acolhimento Institucional de Adultos e Família, no bairro Coroado. Eles foram retirados da rodoviária da cidade onde estavam vivendo em condições precárias.