Os municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, vão contar, a partir do ano que vem, com 50 escolas indígenas. Elas serão construídas para substituir aquelas que já existem, mas não possuem sede própria.
Algumas funcionam em igrejas ou centros comunitários. O projeto de concepção das novas unidades de ensino está sendo discutido por representantes do Ministério da Educação, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela execução das obras.
A ideia é que as escolas sejam construídas conforme as realidades socioculturais e geográficas das comunidades indígenas que, também, estão sendo ouvidas. A explicação é da diretora de Políticas de Educação do Campo Indígena e para as Relações Étnico-Raciais do Ministério da Educação, Rita Potiguara.
“Desde o momento em que a gente consulta se os povos indígenas querem a escola e que projeto de escola eles querem, inclusive levando em consideração a contribuição deles nos desenhos, na localização de onde ficará essa escola, dizendo qual material é adequado para aquela região. Tudo isso é importante porque os povos indígenas exercem um forte protagonismo nos seus projetos de educação”.
A construção das escolas indígenas terá o apoio do Exército. O último Censo Escolar, de 2015, revela que Brasil tem 3.085 unidades educacionais indígenas, com cerca de 285 mil estudantes e mais de 20 mil professores.