O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou de uma audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, do Senado Federal. Na exposição inicial, antes de responder a questionamentos dos parlamentares, o titular do Ministério da Educação disse que a prioridade do ministério deve ser a educação básica e a qualidade dos professores dessa etapa.
Ele destacou, também, a melhora nos índices de analfabetismo, apesar do analfabetismo funcional, quando a pessoa sabe ler mas não consegue interpretar pequenos textos.
Durante a fala, o ministro qualificou os ensinos médio e técnico, no Brasil, como “um desastre”. Para ele, o ensino técnico precisa ser valorizado porque sobram vagas no mercado de trabalho para essas competências, mas não há jovens qualificados para essas vagas.
Abraham Weintraub criticou o financiamento do ensino superior, em instituições privadas, e disse que isso gera a alta taxa de inadimplência em que os jovens brasileiros se encontram. Para ele, o financiamento também é um desastre.
Ainda sobre o ensino superior, o ministro da Educação disse que o Brasil já atingiu a meta que prevê a atuação nas universidades, de professores com mestrado e doutorado. E mais uma vez defendeu o ensino básico.
Weintraub pediu que os senadores avaliassem a questão da produção científica, no país. Segundo ele, cerca 90% da produção brasileira vem de pesquisadores de exatas, biológicas e agrárias. Enquanto 13% é de estudiosos das ciências sociais, humanidades e linguística.
Assim, a proposta do ministro é repensar a destinação das bolsas de pesquisa às instituições de ensino superior.
