650 municípios aderem a programa de escolas cívico-militares do governo federal
Quase 650 municípios em todas as unidades da federação aderiram ao programa de escolas cívico-militares do governo federal. Mas nem todos os estados enviaram a inscrição dentro do prazo, que terminou no dia 27 de setembro.
De acordo com o ministro da Educação Abraham Weintraub, o plano do governo é instalar até 54 escolas desse tipo já no ano que vem. Seriam duas por estado. Mas, sem a adesão de nove governadores, o MEC ainda vai decidir o que fazer.
“Eu preciso do apoio do governador para abrir uma escola cívico-militar. Se o governador não quer e realmente manifestou que não vai querer, fica mais difícil. Uma vez levantados os municípios, a gente também tem que ponderar a quantidade de militares das Forças Armadas à disposição. Não adianta só falar ‘eu quero aqui’, se não tiver militares das Forças Armadas preciso pelo menos que o governador vá me ceder bombeiros ou policiais militares”.
Por isso, o ministro afirmou que será mais fácil atender aos municípios que ficam nos 16 estados que aderiram ao programa. Até agora, são 643 prefeituras, mas a expectativa do MEC é que passe de 650 após o recebimento de todas as adesões. Parte dos documentos foi enviada pelos Correios e deve chegar nos próximos dias.
Abraham Weintraub prometeu divulgar até o dia 15 de novembro a lista dos municípios contemplados para ter escolas cívico-militares no ano que vem. E explicou como será feita essa seleção.
“Qual o próximo passo? A gente vai analisar os indicadores sociais, vai ver o tamanho, vai conversar com o governador, com a bancada, e vai escolher os primeiros municípios que vão ser contemplados. Nessa primeira etapa são dois por estado”.
O ministro disse que, além do caso dos municípios que aderiram ao programa sem apoio do governo estadual, a equipe técnica do MEC estuda como lidar com outras situações. Entre elas, a de estados que decidiram aderir após o encerramento do prazo. É o caso de São Paulo.