Professores de SP protestam contra volta às aulas e pedem pagamento de salário para temporários
Em São Paulo, professores fazem ato contra a volta as aulas e pedem o pagamento de salários para temporários.
São quase 35 mil professores temporários que, em função da pandemia, não foram convocados para dar aulas e, por isso, estão sem salários. Como eles têm contrato com a Secretaria de Educação, também não tem direito ao auxílio emergencial.
Para sobreviver, muitos recorrem a doações de cestas básicas ou estão apostando em outras funções, como motoristas de aplicativos. Segundo a deputada estadual Bebel Noronha, a proposta era que o governo mantivesse um pagamento mínimo para cada professor, mas não foi aceita.
A contratação temporária é um recurso que vem sendo usado há mais de 25 anos pelos governos paulistas. Sem fazer novos concursos, a Secretaria de Educação contrata os professores por, no máximo, três anos, terminado o contrato, eles precisam cumprir uma quarentena de quase dois meses sem trabalhar para então fechar um novo contrato com o governo. O estado tem cerca de 250 mil professores. Mais de 10% deles são temporários.
O governador João Doria comparou esse contratos com o regime de freelancer e disse que não tem sentindo pagar quem não está trabalhando.
No ato, os professores também criticaram a decisão do governo de retomar as aulas a partir do dia 8 setembro. Eles dizem que as escolas não estão adaptadas para enfrentar a pandemia. O abastecimento de água não é garantido, faltam sabão e papel higiênico nos banheiros e a muitas salas de aula não tem ventilação adequada. Para a professora que participou do protesto Anatalina Lourenço, voltar sem condições é colocar professores e estudantes em risco.
O ato dos professores começou como uma carreata, mas antes de chegarem ao palácio dos bandeirantes, sede do governo, uma barreira policial bloqueou o acesso. O governador João Doria disse que o diálogo está aberto, mas não recebeu os professores
A volta às aulas no dia 8 de setembro foi anunciada, mais ainda não foi confirmada pelo governo. Segundo o plano São Paulo de flexibilização da quarentena, o retorno deve acontecer quando todas as regiões do estado estiverem na fase amarela do plano por 28 semanas.
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