Em 2021, pela primeira vez, a Universidade de São Paulo (USP) vai destinar metade das vagas do vestibular para candidatos que terminaram o ensino médio em escolas públicas.
A proporção é resultado da política de cotas que começou a ser adotada no vestibular de 2018, quando 37% das vagas foram destinadas para alunos da rede pública. Esse percentual foi aumentando progressivamente até chegar aos 50%, que é a meta definida pelo programa.
O vestibular da USP é organizado por uma fundação ligada à universidade, a Fuvest. A diretora-executiva Belmira Bueno esclarece que as cotas raciais para estudantes pretos, pardos e indígenas estão incluídas nas vagas para escolas públicas.
Para Ian Douglas de Azevedo, estudante de Ciências Socais e militante do movimento negro da USP, o resultado é positivo, mas ainda falta muito para a USP conseguir alcançar a igualdade racial.
No próximo vestibular, a USP vai abrir 11.147 vagas. Desse total, 8.242 vão ser preenchidas pelo sistema de vestibular. O restante, 2.905 vagas vão ser preenchidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), via Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
O cronograma do vestibular foi adiado e começa com quase dois meses de atraso - a primeira fase no dia 10 de janeiro e a segunda fase nos dias 21 e 22 de fevereiro. A mudança se deu em função da pandemia de coronavírus. As inscrições vão de 31 de agosto até 23 de outubro. E nessa sexta-feira (24) termina o prazo para estudantes de baixa renda garantirem a isenção da taxa de inscrição, que custa R$ 182.