Pandemia: crianças refugiadas terão dificuldades de voltar à escola
As dificuldades de voltar à escola serão muito maiores para crianças refugiadas, segundo relatório apresentado pela Acnur, Agência da ONU para os Refugiados, na manhã desta quinta feira (3). De acordo com os dados da agência, metade das crianças refugiadas já estava fora da sala de aula mesmo antes da pandemia, isso corresponde a 1 milhão e 800 mil crianças.
E, com os efeitos da pandemia, de fechamento de escolas e estudos remotos, boa parte delas pode não retornar aos estudos, seja por causa do fechamento de escolas ou pela impossibilidade dos pais de arcarem com despesas de educação em função da crise econômica.
E o cenário é ainda pior para as meninas. De acordo com estimativas do Fundo Malala, cerca de 50% das meninas refugiadas no ensino do 2o grau podem não retornar às escolas quando houver autorização.
A chefe do escritório da Acnur, Maria Beatriz Nogueira, falou das iniciativas de alguns países que tem ajudado os estudos das crianças refugiadas pelo mundo.
No Brasil, o projeto Cidadãos do Mundo da ONG IKMR, que dá aula de reforços para mais 150 crianças refugiadas na Grande São Paulo, fez uma pesquisa com aquelas que estão no programa. A diretora Vivianne Reis, destacou algumas dificuldades das crianças refugiadas nos estudos no contexto do isolamento social.
O relatório completo da Acnur pode ser acessado no site unhcr.org.