Professores do Rio fazem carreata contra reabertura das escolas
Os professores do Rio de Janeiro decidiram celebrar o seu dia com uma carreata nesta quinta-feira (15), que percorreu ruas da sede da prefeitura, na Cidade Nova, até o Palácio Gustavo Capanema, antiga sede do Ministério da Educação, no centro. O objetivo era chegar ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, que fica em Laranjeiras, zona sul carioca, mas o trajeto foi interditado pela Polícia Militar.
O movimento, que reuniu docentes da educação básica e do ensino superior, além de outros servidores públicos, criticou a reabertura das escolas, que já vem ocorrendo na rede privada da capital e está prevista para o próximo dia 19 na rede estadual. Para o secretário do Sepe, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, Raphael Mota, são muitos os exemplos de que a pandemia não está controlada a ponto de permitir o retorno das aulas presenciais
De acordo com o presidente do Sindicato dos Docentes do Ensino Superior da FAETEC, Gustavo Lopes, os participantes também reforçaram como diversos serviços públicos foram essenciais neste momento de pandemia, em um manifesto contra a reforma administrativa
Ao longo do trajeto, os manifestantes carregaram 155 cruzes, para lembrar os mais de 150 mil mortos pela covid-19 no país. De acordo com um levantamento do Sinpro, o sindicato dos professores do município do Rio, que representa os profissionais da rede privada, 12 escolas que retomaram as aulas registraram casos da doença.
Tanto o Sinpro quanto o Sepe, que representa a rede estadual, decretaram greve das aulas presenciais. Uma audiência na justiça para tratar da rede estadual foi marcada para o próximo dia 21. Já a situação das escolas particulares será discutida no dia 12 de novembro, mas o Sinpro já agendou uma nova assembleia para o próximo dia 17.